segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Circo de Soleil é o máximo: há quatro meses, quando resolvi comprar os ingressos, fui movida mais pela curiosidade do que pelo gosto por circos. Fui surpreendida por um espetáculo lindo, altíssimo nível, um luxo radioso de sensações. Após duas horas e meia eu ainda queria mais. Valeu cada centavo dos 150 reais do ingresso. Se você não conhece vá, se acha caro a brincadeira (e é mesmo, pq envolve além do ingresso, a passagem aérea pra quem mora fora do circuito de apresentação do circo, além de um hotelzinho pra pernoitar), compre o dvd. O figurino impecável, a iluminação perfeita, a interação com o público te fazem esquecer do mundo lá fora. Agora estou inquieta imaginando uma coisa: se o "Alegria", que é itinerante, já foi fantástico, com uma tecnologia impressionante, imagino como devem ser os espetáculos fixos do circo em Las Vegas, em especial o aquático "O". Taste Vin: aproveitando a estada na capital mineira saímos pra jantar. O escolhido foi o francês Taste Vin, premiado como o melhor restaurante de BH. A especialidade? Souflés deliciosos, fofinhos, divinos e calórios rs... Não há dieta no mundo que resista a um souflé de queijo gruyère, com camarão e champignon. As trufas após o café expresso encerraram a orgia gastronômica com chave de ouro. Tarefa de gincana: para confirmar a total loucura das mulheres por compras, o domingo começou cedo com a feira de artesanato. Formigueiro de gente carregando sacolas e se preparando para o Natal. Não consigo escolher coisas no meio de uma multidão brigando por um espacinho entre as barracas. A minha sorte foi ter tido uma companheira de viagem que tem olho de águia e consegue identificar combinações perfeitas e chiques no meio de uma infinidade de possibilidades. Então ... da viagem valeu muito a pena e eu faria de novo: o circo do sol, o souflé do Taste Vin, a loucura do Mercado Central. O que eu não faria novamente: sair sábado à noite em BH, querendo balada além de um boteco arrumadinho (contrariando aquele gordinho sertanejo, claro que há lugar melhor que BH). O que eu não farei nos próximos 15 anos: ir à feira da Afonso Pena às vésperas do Natal e nem ficar num hotel mequetrefe no centro da cidade.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Cirque du Soleil leva 'Alegria' ao público mineiro
Oba, eu vou! Na minha ausência comportem-se. Nada de baixaria, discussões por email, alfinetadas coletivas, puxadas de tapete, furação de olho, agressões verbais, e-mails anônimos, piadas internas e afins. No mais aproveitem o fim de semana que tá cheio de programação pra quem for ficar em Vitória: show dos Engenheiros do Hawaii (nem sabia que ainda existiam), show do Roberto Carlos no Álvares (puxa, não é Cachoeiro!?), Daniela Mercury no Dom Bosco, peça de teatro no Carlos Gomes. Até a volta!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Fofocas, intrigas e outros males
Já ouviram aquela história da mulher que foi se confessar e narrou suas fofoquinhas leves ao pároco? Este deu-lhe como penitência ir ao alto de um morro que havia na cidade e espalhar as penas de um travesseiro. Depois, descesse,catando uma a uma. E ela perguntou como poderia catar se o vento já tivesse levado as penas para cada vez mais longe. E o padre falou que assim são as fofocas. Como poderá recolhê-las depois que se espalham?

Já declarei outras vezes que abomino a fofoca. Tenho observado pessoas que curtem esse esporte, e percebo que normalmente a fofoca vem de mãos dadas com a intriga. Qual a importância de saber como o colega fez pra comprar um carro novo e de onde veio dinheiro para pagá-lo? Qual a importância de perceber que o colega vive em festas se não tem renda para tal? Importa sim tudo a respeito de nós mesmos. A fofoca parece uma descarga de inveja, à qual não posso dar vazão claramente. Então ouso fofocar sobre o que me incomoda. Até aí, fofoca enquanto curiosidade, dos males o menor. Já a intriga é a fofoca com uma pitada de mentira e uma tonelada de maldade. Por exemplo: não posso ter liberdade, então crio mecanismos para coibir quem a possui, por meio de artimanhas. Falo mal de alguém a quem desejo, mas não posso ter. Enveneno os relacionamentos afetivos alheios já que o meu está uma droga, ou nem existe. Prejudico, deliberadamente, uma carreira. Podo uma alegria. Piso em canteiros, digo que foi beltrano. Abro o portão para que fuja o cão com pedigree que eu não consigo comprar e lanço a culpa em quem passou. Prejudico aquele que me incomoda com sua felicidade, com sua inteligência, beleza, notoriedade, etc. Quanta gente tenta justifica a própria fraqueza e infelicidade fazendo com que o outro também seja infeliz. Se sou incapaz de lutar para ter o que mereço então vou fazer alguma maldadezinha pra diminuir a felicidade do outro. Assim, todos ficaremos infelizes. Felicidade alheia incomoda, não é mesmo? Há pessoas que tecem caminhos intermináveis de pequenas maldades. Acham-se normais, e fazem da intriga o seu hobby. Somente estão satisfeitos a cada tijolinho arrancado no muro de alguém. Por isso, não gosto de fofocas, nem de fofoqueiros. O mesmo vale para invejosos e pessoas que curtem uma intriga. O psicoterapeuta Ângelo Gaiarsa, autor do livro "Tratado geral sobre a fofoca" acredita que a fofoca é, na maioria das vezes, provocada pela inveja. A quantidade de fofoca que existe no mundo é diretamente proporcional à quantidade de desejos não realizados. Minha terapeuta sempre me disse que independente do que eu faça, as pessoas sempre vão falar. Então, o melhor a fazer é não permitir que os preconceitos, vetos familiares e piadas de "amigos" sejam determinantes de nossos atos, frustrando-nos a liberdade de sermos nós mesmos. Viver pensando "o que dirão de mim?" é sufocante. Toma nosso tempo, trava, amordaça, algema. Não sejamos prisioneiros da verdade alheia. Boa semana, falem menos dos outros, cuidem mais da própria vida e sejam felizes!

domingo, 18 de novembro de 2007

Depois de dois dias de muita chuva, antes que eu começasse a construir uma arca pra me salvar do dilúvio, eis que surge o sol... Manguinhos estava uma delícia, com as espreguiçadeiras no gramado do Vagão, a caipi abacaxi (acho que estou compulsiva para caipi abacaxi - sem açúcar, of course), e um céu lindo, que debochava da previsão do tempo que indicava dia nublado com chuvas esparsas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Você é hands on? (Max Gehringer)
Vi um anúncio de emprego. A vaga era de Gestor de Atendimento Interno, nome que agora se dá à Seção de Serviços Gerais. E a empresa exigia que os interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança,criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem HANDS ON. Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía essa variada gama de habilidades, o salário era um assombro: 800 reais. Ou seja, um pitico. Não que esse fosse algum exemplo fora da realidade. Ao contrário, é quase o paradigma dos anúncios de emprego. A abundância de candidatos permite que as empresas levantem cada vez mais a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido. E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da super-qualificação que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico. Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, Gerente da Contabilidade.
Seu Borges: Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.
Fabiana: In a hurry!
Seu Borges: Saúde.
Fabiana: Não, Seu Borges, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás, desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?
Seu Borges: E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?
Fabiana: O senhor não prefere que eu digitalize o relatório?Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.
Seu Borges: Não, não.. Cópias normais mesmo.
Fabiana: Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.
Seu Borges: Fabiana, desse jeito não vai dar!
Fabiana: E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.
Seu Borges: Como assim?
Fabiana: É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.
Seu Borges: Olha, neste momento, eu só preciso das três cópias.
Fabiana: Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...
Seu Borges: Futuro? Que futuro?
Fabiana: É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.
Seu Borges: Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!
Fabiana: Sei. Mas o senhor é hands on?
Seu Borges: Hã?
Fabiana: Hands on....Mão na massa.
Seu Borges: Claro que sou!
Fabiana: Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções: Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas. E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas. Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores. Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado confundiria nossa salinha do café com a Fundação Alfred Nobel. Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular,o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van. E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha informática, energia e criatividade e estava fazendo pós-graduação, só que não sabia nem abrir o capô. Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror detodos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida. Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as Empresas modernas torcem o nariz: o que é capaz de resolver, mas não de impressionar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007


E o aniver de 3.3 foi assim: delicioso, com comidinhas gostosas, orgia etílica, local agradável, música de boa qualidade e uma mesa lotada de amigos especiais. Parei pra contar quantas pessoas foram, apesar das "caipis" que eu consumi, consegui chegar ao número 20. Obrigada a todos que estiveram lá e também aos que não foram mas justificaram a ausência (isso demonstra carinho e gentileza). Adorei os presentes (sainha de jogar tênis, muitos creminhos cheirosos, bijoux, ...). Faltou somente uma coisa: a máquina fotográfica! Eu sempre esqueço. Deve ser a idade avançada. Agradecimentos especiais à tia Bibi que registrou algumas fotos pelo celular e à fornecedora do bolo "ML buffet" que preferiu colocar uma vela número zero ao invés de uma interrogação ha ha ha.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Se essa moda pega ...
Trabalhadores protestaram em frente a uma agência do INSS de Porto Alegre. Eles afirmam que passam por situações constrangedoras durante as perícias médicas. Os manifestantes reclamam que são obrigados a tirar toda a roupa durante as perícias. Os manifestantes tiraram a roupa pra protestar (Fonte: Terra). Olha que beleza! Pra protestar contra o constrangimento de tirar a roupa na frente de um médico durante a perícia médica, eles resolveram tirar a roupa na frente de todo mundo, com direito a fotos na imprensa etc. Fico "encantada" com a coerência desses protestos.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

E o feriado foi uma delícia: praia, dunas, pousadinha legal, muitos cajueiros (adoro caju!) espalhados pelo caminho da praia, nativos cantando, gringos tentando sambar, comidinhas gostosas, companhia ótima ... Estou parecendo presidiária marcando no calendário com um "x" a cada dia, doida pra que minhas férias cheguem logo. Enquanto isso, que venha o próximo feriado! Boa semana.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A gente fica um tempão sem se ver, mas quando se encontra é uma bagunça só. Foto 1: eu e Maitê (linda!!!) me mostrando a idade dela. Foto 2: primos posando para foto na casa da Manu em Brasília.