domingo, 31 de agosto de 2008

Eu disse que voltaria a tocar no assunto quando tudo estivesse resolvido. Falei num post anterior que estava cuidando da saúde por conta de um diagnóstico assustador, resultado de uma biópsia após retirada de um nódulo do meu joelho direito. Depois de 20 exames de sangue, 03 tomografias, 01 ultrassom e 03 imuno-histoquímicas tudo foi esclarecido. O último exame foi feito num laboratório de São Paulo, referência no assunto, e deu negativo! Sexta foi minha última consulta com a hematologista e estou respirando aliviada. Como disse um amigo, "me agrada demais perceber os ganhos paralelos que obtemos das situações que nos impõe a vida". Estou levando a vida muito menos a sério do que antes. Pela manhã, enquanto estou no trânsito indo para o trabalho, faço uma listinha do que eu irei resolver naquele dia. Não quero mais resolver todas as pendências num único dia. A palavra de ordem agora é priorização. Além de estar menos estressada estou dando pesos diferente para as coisas que acontecem. Depois de um mega susto com a saúde, eu vejo que muitas coisas que eu achava importantes, não são. Algumas que eu nem prestava atenção, se tornaram prioridade. Depois do susto vou comemorar fazendo o que eu mais gosto de fazer nessa vida: colocar uma mochila nas costas e viajar, sem telefone tocando, passar aperto pra falar outra língua, perceber as diferenças culturais (algumas deliciosas, outras impactantes e curiosas), perder a noção do tempo e experimentar outros sabores. Isso é que faz a minha vida valer tanto a pena. Bjs e até a volta.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Piada interna: se sexo esporádico, sem envolvimento e nenhum carinho enchesse barriga (sem trocadilho, por favor), eu contraria um garoto de programa que me atenderia na hora que eu quero e não bagunçaria a minha agenda. Essa opinião é válida somente para minha vida, nada contra quem só curte o esporte sem envolvimento nenhum. Night: nas minhas andanças noturnas pela noite capixaba fui conhecer o Bojangles: lugar lotado, bebida quente, água só com gás e bandas fraquíssimas. A 5 Nós parece gospel, tem umas composições próprias horríveis e não comove a multidão. Mas, como tem muita gente que não se importa com a música que está tocando no ambiente, e como Vila Velha não tem muito o que fazer, o lugar lota assim mesmo. Não convencida que o lugar não compensava, voltei na semana seguinte para ouvir Tequila Brown. Miscelânea! Repertório sem identidade nenhuma. Vocalista que parece cantor de trio elétrico, mais preocupado em dançar do que em cantar. Baixista que parece ter saído do Big Beatles. Guitarrista com estilo de bandinha de axé. O único que salvava era o baterista, um dos Escaranovos (a vida tá mesmo muito dura e as pessoas precisam pagar as contas, ok). Minha cara: depois dessa, uma amiga disse que achou uma comunidade no orkut que é a minha cara: velhice precoce. Se você detesta carnaval, não curte pegação, prefere restaurante e barzinho pra tomar chopp, não suporta quem fala muito e alto, não gosta de andar com quem adora chamar atenção, grita no meio da rua e é pouco discreto, etc. Sou eu mesma. Para atingir o nirvana: to na expectativa para minha próxima viagem internacional. Chega logo feriado! Sem contar que tem show da Madonna vindo por aí. Adoro! Namastê: larguei minhas aulas de circuito na academia e voltei a praticar yoga. Uma amiga falou: "mas yoga não emagrece". Quem é que precisa de uma magra estressada, a beira de um ataque de nervos? Prefiro continuar viva, calma e apertando a tecla "fuck you" que eu reencontrei.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Conversando a gente se entende
Uma coisa que vem me incomodando de forma geral é a falta de delicadeza nas relações. Não que eu seja um primor neste sentido, ao contrário, tenho muito que melhorar na forma de falar, algumas vezes com pouca cerimônia, acabo pisando no acelerador e atropelo o outro. Sei que é importante escolher bem o que dizer e ter a capacidade de escolher a hora certa e uma forma assimilável, que o outro entenda sem se sentir ofendido. Mas, mal ou bem, com maior ou menor delicadeza, eu falo, dou retorno. Uma coisa que me angustia profundamente é quando o outro me priva de conhecer o que ele tem a dizer. Vejo como indelicadeza a falta de retorno a um telefonema, a um torpedo, a um e-mail, a uma pergunta feita pessoalmente. Nem sempre o outro está num momento bom para falar ou responder. Mas, salvo em caso de morte, não há justificativa para ignorar uma mensagem e não respondê-la. Claro que às vezes estamos cansados. Outros, além disso, não sabem dizer “não”, então evitam atender a um telefonema. Ok, se não pode ou não quer responder na hora, o faça em uma ocasião próxima, mas não deixe o outro falando sozinho. Alguns ainda confundem o “ser educado” com o “tenho interesse por você” ou “estou te dando mole”. São coisas diferentes. Não deixem de dar retorno. Não privem alguém de ouvir um “não”, isso é melhor do que a falta de resposta. É urgente reinventarmos a delicadeza e a elegância nas relações.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A saga do visto americano - parte II: o agradecimento

Fico imaginando como foi possível sair de pais super sóbrios, responsáveis, católicos e caretas, filhos insanos. Segue e-mail com a resposta de agradecimento do meu irmão mais novo para a saga descrita no post anterior: "Não sei nem como te agradecer, pelo trabalho e transtorno que te causei. Nesta ocasião lembro-me de Xerxes, imortalizado por Rodrigo Santoro no cinema, quando atravessou toda a Mesopotâmia, o Baixo Egito e as Colinas de Rarum, em uma viagem que custou a vida de metade dos seu exército, para encontrar Tototonho da Pérsia, antigo companheiro de lutas e batalhas, dentre seus incontáveis feitos, se destaca a derrubada que fizeram juntos de 182 metros da Muralha da China, na altura da cidade de Xing Ling, para simplesmente lhe dizer OBRIGADO. Faço das palavras dele as minhas: Muito Obrigado. Bjs de Lucas, o Historiador Asiático."

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A saga do visto americano
O Citibank existe para dificultar a nossa vida e a ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagem) existe para nos explorar. Duas pessoas da minha família resolveram tirar o visto americano. Como um mora no interior do estado e o outro mal sabe ligar o computador, me encarreguei da tarefa. Passada a burocracia inicial de entrar no site do consulado, preencher formulários, pagar taxa da entrevista e agendar entrevista, chegou a hora de pagar a taxa do visto. A taxa do visto (131 dólares) só pode ser paga no Citibank. Não existe agência do Citibank no estado. Não existe nenhum banco conveniado no estado que receba títulos do Citibank. O site do Citibank não emite o boleto para pagamento e o pagamento tem que ser feito só em dinheiro em uma agência. Daí consegui uma boa alma, que mora em Sampa e tem conta no Citibank pra fazer esse pagamento pra mim. Não resolve! A pessoa tem que ter o passaporte em mãos, a não ser que eu faça isso pela ABAV. Daí tudo fica mais fácil, não precisa de apresentar passaporte nenhum, basta pagar uma taxa exorbitante por esse serviço. Liguei para ABAV mas eles não atendem quem não é agência e não falam o valor que eles cobram por esse serviço. Na verdade cada agência, além do valor cobrado pela ABAV, adiciona mais uma taxa por ser atravessadora e cobra o que quiser por esse serviço. Isso pode variar de 140 a 180 reais por pessoa (fora o valor do visto, de 131 dólares). Ganha o consulado, ganha a ABAV, ganha a agência. Depois de toda essa saga de tentar economizar dinheiro alheio, desisti. O sistema é bruto e viciado. E o consumidor é um refém bobo disso tudo, que ainda perde tempo tentando buscar soluções mais justas.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Reflexões para o fim de semana

Não aceite menos do que você merece, nem caia na cilada de querer fazer com que uma outra pessoa, seja quem for, aja de acordo com o seu desejo. Todo mundo é livre para fazer suas escolhas. Inclusive você. Agir com determinação é o que nos faz dar um basta no relacionamento que não está funcionando, deixar aquele emprego chato para buscar outro mais de acordo com o nosso desejo, afastar da nossa vida as pessoas invejosas. É deixar para trás cargas emocionais e não permitir que frustrações passadas atrapalhem o presente. É optarmos por ser quem somos e assumirmos a responsabilidade por nossas escolhas sem medo da crítica ou de julgamentos. Nós somos responsáveis pela escolha das experiências que desejamos ter! É a boa e velha máxima: Nós temos o que a gente permite. Bom fim de semana!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Ontem fui retocar a cor das madeixas. Depois de tentar me acertar, em vão, com algum salão do meu bairro, resolvi atravessar a terceira ponte e voltar pro lugar que eu confio, um salão de uma franquia famosinha, dentro de um shopping. Lá, a manicure não faz a unha, ela "embeleza a mão" da cliente. E eu adoro essa frescura toda. O melhor desse lugar é que a especialidade fala alto. O cara que pinta o cabelo é só colorista. Quem corta o cabelo só faz isso, e por aí vai. E, assim, por ser atendida por um cara especialista em colorir cabelos, nunca saí de lá com o cabelo verde, nem laranja (o que já aconteceu em outros lugares). Daí, que tirei a segunda-feira à noite pra dar uma geral no visú. Como o salão tava mais tranquilo e como o profissional que me atendeu é o mesmo há alguns meses, ele resolveu (nas palavras dele) dar um "plus" no meu cabelo e depois de retocar a raiz ele resolveu fazer a escova e passar chapinha. Um cara que saca de corte de cabelo, jamais faria uma escova lisa, secando para dentro (meninos, não tentem entender) com o corte que tenho hoje. Curto do jeito que está, só secando aleatoriamente, sem passar escova, dá certo. Conclusão: fiquei parecendo um abajur, com cabelo redondo e armado. Eu comecei a rir porque não abaixava. O colorista que se meteu a fazer o que não sabia (escova) ficou desorientado e perguntou se eu queria "dar uma molhadinha" para abaixar, ou colocar um "grampinho", hahahaha. Eu disse que a sorte dele é que eu estava indo pra casa dormir, e que o travesseiro é o melhor aliado para abaixar cabelo abajur. Saí do salão olhando pro chão e caminhando em linha reta. Quando eu consegui chegar ao estacionamento do shopping Praia da Costa meu cabelo já estava mais baixo, estilo tigelinha dos irmãos Gallagher. Desse jeito terei que virar cover do Oasis. Beijos e boa semana.