segunda-feira, 30 de março de 2009

Estou de molho
Fiz uma cirurgia na sexta, para retirada do tal objeto estranho não identificado da minha coxa. O médico estava faminto. Tirou com vontade, com margem de segurança e numa tranquilidade, enquanto eu me contorcia suando frio, ouvindo o bisturi elétrico fazer a festa (e o cheiro de queimado?). O centro cirúrgico parecia uma confraternização (para a equipe, claro, não pra mim), o médico contando do tatu que ele havia comido no dia anterior e blábláblá. Quando acabou, ele falou: "Parabéns princesa, você se comportou muito bem. Já tirei tudo, agora vou fechar". O resultado da análise sairá em 3 semanas. Um tempo meio longo pra uma pessoa impaciente como eu. Mas, estou em momento de mentalização da cor azul, pro tempo passar suave. O tempo no estaleiro será de 15 dias. Hoje pela manhã teve troca de "guarda" de enfermeiros. O primeiro, enfermeiro-motorista-noivo, mais forte, vigilante competente, me pegava em todas as tentativas de burlar o repouso. Ganhei uma muleta e passei dois dias treinando para o Parapan. A de hoje, enfermeira-cozinheira-mãe, é mais flexível para meus movimentos, mas é vigilante-colaboradora para minha dieta pró vestido branco. Enquanto isso, na sala de justiça, só me resta ficar intercalando minhas atividades possíveis: deitada lendo com perna pra cima, sentada blogando com perna pra cima, andando da varanda pra sala e bolando meu plano de fuga. Beijos navegantes e boa semana.

terça-feira, 24 de março de 2009

Casamento - Parte 3: matando a lista item por item
Hoje fui escolher as músicas da igreja (com a minha mãe, claro!). Escolhi 12 músicas, de onde 7 serão eleitas para a cerimônia. Até setembro essa lista ficará em aberto, mudando, mudando... Durante a escolha, a Zilda (responsável pela música) ia mostrando as gravações. Minha mãe ficou emocionada em duas músicas e chorou. Imagina o que vai acontecer na igreja! Ontem fui conversar com uma cerimonialista e descobri que precisarei comprar forminhas de doce (que não estavam na minha lista!). Sim, porque os doces precisam de forminhas cheias de frufrus para enfeitar a mesa. Dependendo da forminha escolhida, fica quase o preço do doce. Se quiser forminhas de grife, tão fofas e linda quanto as da Tereza Servino, a conta é alta. Fiquei imaginando quantas forminhas lindas dessas eu já amassei na minha vida. Considerando que sou uma devoradora compulsiva de docinhos de festa (eu fujo da estatística de 5 doces por pessoa), já amassei muitos reais por aí. No meio disso tudo, descobri que o nódulo na minha perna, que tirei ano passado, voltou. Sexta terei que fazer nova cirurgia para retirada. Daí começa tudo de novo: tira, manda analisar, faz exames complementares ... uma chatice. Entrei no consultório do Dr. João Cabas e disse que amaria estar ali para fazer uma lipo, mas naquele momento eu teria que me contentar com a retirada de um corpo estranho. A mulher maravilha aqui anda meio fraquinha. Ainda bem que posso contar com um staff de primeira linha, que estará lá segurando minha mão e rezando o terço. Beijos e boa semana.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Casamento - Parte 2: Under Pressure
Toda aquela ideia bonita que você tinha sobre a festa de casamento, tem que ser deixada de lado, a partir de agora você irá mergulhar numa infinidade de planilhas com milhares de itens de acompanhamento, com nomes, prazos, preços, enfim... Eu optei por não contratar cerimonialista para a organização, somente para a última semana (quando provavelmente eu já estarei jogando pedra em avião). Então, o trabalho sujo será por minha conta e risco. Ontem, eu li um post escrito há um ano e meio nos Solteiras Felizes, e pude comparar as listas. Fiquei feliz de ver que aqueles itens estavam no meu check list, mas desesperada por perceber que a maioria ainda está com status "a definir". A minha listinha está a seguinte: 1) Definição da igreja e do padre 2) Definição do Buffet 3) Resolver se será coquetel, coquetel com jantar ou coquetel com prato quente 4) Escolher os pratos 5) Provar os pratos 6) Escolher doces, bolos e bem casados 7) Provar doces e bolos 8) Escolher bonequinhos dos noivos 9) Definir o que será servido na mesa de saída (café, licores, cholatinhos, etc.) 10) Decidir se será DJ e/ou Banda e escolher a banda e DJ 11) Quais bebidas servir (tipo, marca, etc.) 12) Escolher decoração da festa 13) Escolher decoração da igreja (junto com outras 3 noivas que se casarão no mesmo dia)14) Escolher música da igreja 15) Arrumar um salão para pentear e maquiar (noiva e parentes de fora) 16) Escolher o vestido de noiva 17) Escolher o vestido das damas 18) Escolher o buquê 19) Definir cerimonialista 20) Providenciar Documentação para casamento civil (se for separação total de bens ainda tem outros documentos) 21) Providenciar Batistério e toda a documentação necessária para dar entrada no processo de transferência de paróquia 22) Escolher testemunhas do casamento civil 23) Definir modelo de convites 24) Conseguir entrar num acordo sobre a lista de convidados 25) Lista das músicas que tocarão em cada lugar (com a tradução, se for em outro língua, para aprovação do padre) 26) Fotógrafo para casamento civil, para igreja e para festa 27) Carro para levar os noivos 28) Hotel para noite de núpcias 29) Viagem de lua de mel 30) Exames pré-nupciais 31) Terno do noivo, passagens para a família de fora, hotel, etc. 32) Resolver se vou casar com ou sem véu (como tenho apenas 1,57m de altura, com o véu longo eu me sinto uma criança se escondendo dos pais, debaixo de um lençol branco. Véu curto não está mais usando. Gente, como alguém pode gostar de véu?) 33) Ficar calma com isso tudo. Daí que cada item desses é motivo de um grande embate. Sua mãe, aquele ser doce que te embalou nos primeiros anos de vida, é abduzida no momento que você define a data do casamento. No lugar dela surge uma pessoa que você não conhece e que vai te fazer passar por momentos de muita provação. Ok, sabemos que o casamento não é só dos noivos, é também dos pais. Ainda mais quando sua mãe se casou em apenas 5 meses de namoro, na capela de um colégio de padres, com direito a um bolinho e champagne (que, sinceramente, acho que foi um espumante qualquer, considerando que o casamento foi em Cachoeiro, na década de 70 e seria impossível conseguir champagne naquele fim de mundo, naquela época) e passou a lua de mel em Jacaraípe. Então, eu sei que tenho que entender a vontade e desejos dos meus pais. Afinal de contas, eu sou a única filha, no meio de dois irmãos e tenho um pai ex seminarista! E os embates so começaram. Sua mãe querendo música sacra com teclado na igreja e eu (bem no fundinho) preferia uma bossa nova. Sua mãe querendo trazer um tecladista " maravilhoso" de Cachoeiro, que anima todos as "grandes" festas na capital secreta do mundo. Os noivos querendo uma banda de rock'n roll. Sua mãe colocando na lista de convidados os amigos da época que ela era professora (nota: ela já se aposentou há 16 anos) na escola em Cachoeiro. Os noivos querendo colocar os amigos mais queridos, pessoas que estão presentes na nossa vida, atualmente. Todos estão certos nos seus sonhos e desejos, que são individuais e intransferíveis. Acho que alguns itens deverão ser decididos em sorteio na Loteria Federal para o bem e saúde mental dos participantes. E, no meio disso tudo: tenho que me manter calma (impossível), sem stress, sorridente, tratando todos super bem, sendo política nos embates, sem melindrar um ou outro, continuar caminhando na praia, fazendo drenagem, continuar saindo com amigas que acham que ando muito ausente, continuar viajando para o Rio a cada 15 dias (porque no final das contas, manter um relacionamento amoroso saudável e prazeroso é o mais importante no meio dessa parafernália toda de preparativos, que só existem pra oficializar a parte boa, que é o estar junto com quem se ama) e o mais grave: não poder beber pra esquecer, nem comer um brigadeiro para relaxar, porque daqui a 5 meses eu terei que entrar num vestido justo branco! Valha-me Deus. Obs. 1.: se conselho fosse bom eu daria: case no civil e faça um churrascão. Quer benção religiosa? Leve o padre para o cartório. Obs. 2: meu irmão acabou de me ligar avisando que se casará dia 9 de janeiro em Cachoeiro. Ok, isso não entra na minha lista de pendências e eu não tenho nenhuma ação para mudar a situação, no máximo comprar um biquini de gala pra enfrentar aquele calor infernal. Dá pra ser feliz assim? Beijos da noiva a beira de um ataque de nervos.
Casamento - Parte 1: enquanto tudo são flores
Quando o casal resolve que vai se casar é lindo. Ficam sonhando com as alianças, onde e como será a festa, quais amigos serão padrinhos e etc. A pesquisa pelas alianças dura alguns dias, visitas a joalherias em pleno carnaval, andanças pelas ruas de Ipanema atrás de uma H.Stern que tenha aquela aliança linda que você viu no site e etc. Até que você se resolve pelo mimo, se enche de coragem e fala: é hoje! E você entra naquele ambiente de sonhos, com a vendedora te oferecendo prosecco, tirando foto do momento, até que você fica tonta e acaba comprando a que mais gostou, e também a mais cara, o que resulta numa ressaca financeira no day after. Ok, dívida contraída, aliança no dedo, a largada foi dada. Daí você comunica os seus pais sobre o enlace, marca almoço familiar pra comemorar o noivado e divulga a data do grande dia.

segunda-feira, 16 de março de 2009

No domingo aconteceu a final do Rio Champion de Tênis, no HSBC Arena. John McEnrou massacrou Jim Courier. Nem mesmo a diferença de idade para o segundo colocado (13 anos mais velho) foi capaz de fazer a diferença na quadra. McEnroe mostrou que o saque e o voleio continuam sendo suas maiores qualidades. Depois de embolsar um prêmio de US$ 50 mil, simbólico perto do que ele já ganhou vencendo vários Grand Slams, McEnrou voltará pra sua rotina de dono de galeria de arte e músico. A partida foi rápida e a programação dominical foi leve, pra compensar o intensivão dos dias anteriores. Beijos e boa semana!
Sábado à tarde teve première de Flight 666. Fomos na correria pra pegar o Iron chegando ao cine Odeon, no Centro do Rio. Os metaleiros de plantão estavam enlouquecidos. Como eu não conheço quase nada da banda (a não ser o que está disponivel no meu Almanaque do Rock), não esperava nada do documentário que registrou a primeira parte da turnê “Somewhere Back In Time”, trazendo cenas de palco e bastidores. Mas, adorei! O que mais me impressionou foi saber que o próprio Bruce Dickinson pilotou em várias dessas viagens da turnê. No final da exibição, o baterista Nicko Mcbrain, praticamente um ''relações públicas'' da banda, respondeu alguns jornalistas. Quanto ao show, mesmo pra quem não curte heavy metal, é impecável. Produção maravilhosa. Eu continuo não gostando da gritaria do Dickinson, mas eu amei o Eddie, mascote da banda, entrando andando no palco. Os fogos do palco também foram impressionantes. Não posso esquecer do prazer de ver a Lauren Harris (filha do baixista Steve Harris, que abriu o show com sua bandinha) sair do palco depois de uma apresentação sem sal. O público só aplaudiu quando o banner com a foto dela foi tirado do palco. Até para falar mal, tem que conhecer. Vida longa ao rock'n roll!
Sexta cheguei ao aeroporto do Rio após um dilúvio. Pelo trânsito complicado resolvemos ir direto para o Citibank Hall, era o tempo de comer um lanchinho e entrar para assistir o show do Keane. Como estava marcado para 22h, imaginamos que o show de abertura demoraria uma horinha. Não, não e não. A gente esquece que banda britânica entra na hora que está marcado. Quando entramos já estava na terceira música e, o mais grave, Everybody's Changing já tinha rolado! Fiquei esperando que ela se repetisse no final, mas não rolou. Tom Chaplin estava de super bom humor, sorrindo e cantando, vestindo uma camisa rosa de mangas longas e jaquetinha prateada. Nem parecia que o calor era de lascar. Os demais integrantes, cada um com camisa polo de uma cor (será que são patrocinados pela Lacoste?). O show foi o que eu esperava, fofo! Eu gosto do estilo e não entendo nada de quem toca mal ou bem algum instrumento. Há quem diga que a melhor música do show foi Under Pressure, do Queen. Maldade! A voz do cara é impressionante. A que mais me emocionou foi Somewhere Only We Know ("essa música é para vocês", disse Chaplin). Em Crystal Ball Tom Chaplin desceu do palco para cantar perto dos fãs. Pela simpatia de Chaplin, que sabe falar muito além de "obrigado" em português, pela sua voz, pelos fãs frenéticos cantando todas as músicas, valeu muito. Os fãs de verdade adoraram. O Keane também. Isso basta.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Depois de tanta correria, o fim de semana chegou! Muita diversão a caminho: show do Keane (Adoro!!! Já decorei o dvd!) na sexta, laçamento do documentário Flight 666 no Cine Odeon e Show do Iron Maiden no sábado, Rio Champions - torneio com alguns dos maiores nomes da história do tênis, no domingo. Quando eu me recuperar da maratona eu volto pra contar os detalhes. Beijos e bom final de semana!

terça-feira, 10 de março de 2009

Gente, a pouca atualização do blog tem explicação: projeto casamento. Eu não esperava começar a organizar isso agora, foi meio surpresa pra todo mundo. Meus pais souberam que eu ficaria noiva pelo telefone. Meus padrinhos foram convidados por e-mail. Meus amigos foram avisados por e-mail, torpedo e MSN. Isso não é falta de cuidado, como alguns podem pensar, e sim a pressa utilizando a tecnologia a seu favor. Estou resolvendo umas coisas mais urgentes. Quando eu entrar na rotina burocrática, vou contar a saga por aqui, em capítulos pra vocês não cansarem do assunto. Isso deve ser uma delícia de organizar, pra quem não faz mais nada da vida ou começou o planejamento com muita antecedência. Pra quem trabalha o dia todo e tem que encaixar os compromissos na horinha do almoço ou no final da tarde, é o caos. Beijos pra vocês e boa semana!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Atendendo a pedidos de meus muitos (dois ou três?) leitores, vou atualizar o blog, porque tentar acompanhar blog mensal é um tédio mesmo. Meu Carnaval foi tentando fugir da folia no Rio. Conseguimos em alguns momentos não ouvir o burburinho dos blocos: dentro do Outback e do cinema. Até para pegar dvd na Blockbuster era um desafio, passar no meio da rua Farme de Amoedo, em Ipanema, para conseguir chegar até a locadora. Por falar em Farme de Amoedo, se Deus quisesse acabar com o mundo no meio do Carnaval, o primeiro raio seria lá. Sodoma e Gomorra tupiniquim. Conseguimos pegar uma praia legal em São Conrado, com o tempo lindo, o mar uma delícia e muitas asas e parapentes brincando sobre nossas cabeças. Tranquilidade para valer só conseguimos no final de semana seguinte, quando subimos para Teresópolis. Vida mansa. Enfim, entrarei na terceira idade sem traumas ha ha ha. Adoro! Seria tudo nota 10 não fossem os acáros que dividiam o travesseiro comigo e me atacaram esfomeados. Minha dermato não achou nada bonito e me forneceu muitas amostras de hidrocortisona. Tenho outras coisas interessantes para contar, mas ficarão para o final de semana. Beijos, navegantes. I'm back.