quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Às vezes, tenho dificuldade de entender a pedagogia divina atuando.

domingo, 24 de outubro de 2010

Reflexão dominical

Expressão antiga, “ganhar no grito” significa o ato de se sobrepor ao outro através da imposição da voz ou da insistência com as mesmas palavras (convencimento). Essa situação geralmente acontece quando não há meios mais eficazes de alguém atingir seu objetivo. No mundo animal, há o exemplo dos gorilas, onde quem berra mais alto pode vencer um duelo e ficar de chefe do bando sem haver luta corporal.

Entre a impulsividade e a passividade existem muitas alternativas de solução de conflitos e formas de demonstrar a insatisfação. Vamos pensar, quantas vezes o grito nos ajudou a ganhar alguma questão? Ser impulsivo é muito diferente de saber se defender, responder rapidamente ou argumentar em momentos específicos e com equilíbrio.

A carga de adrenalina que jogamos no sangue justifica o ganho? Se ainda assim, houvesse só o 8 ou o 80, se eu tivesse obrigação de escolher entre a paciência católica (budista, espírita, whatever) e a sangria desatada e impulsiva, certamente eu optaria pela primeira. A paciência com os defeitos dos outros é uma virtude.

Lembrei daquele livrinho batido, do Daniel Goleman, que fala de inteligência emocional. Parece assunto velho, mas como isso é relevante para o sucesso de alguém, tanto na vida pessoal quanto na profissional!

Alguém já viu uma criatura descontrolada e super sincera se tornar gerente? Normalmente os mais habilidosos emocionalmente, os que sabem agir levando em conta prós e contras, são mais bem sucedidos (não estou falando aqui dos que ascendem por jogo sujo ou troca de favores).

Já tive uma terapeuta que dizia que o mundo não quer saber tudo que eu penso. Ela tinha razão. O briguento será sempre um bom peão, pau para toda obra, aquele sujeito questionador que irá sempre fazer um bom trabalho, custe o que custar, custe quantas verdades forem necessárias dizer e quantos desafetos forem necessários criar durante o percurso.  Ninguém quer um cara desses para líder.

Já foi o tempo que o sucesso de alguém era garantido pelo raciocínio lógico e habilidades técnicas. Hoje, é sua capacidade de se relacionar com o mundo que vai determinar o seu sucesso. E relacionamento é tudo, envolve família, colegas de trabalho, seu tempo de espera nas filas, seu comportamento no trânsito, sua forma de falar com a faxineira de casa, etc.. Pode parecer bobo, mas quem não consegue se controlar em situações banais da vida, pouco conseguirá diante de uma equipe cheia de pessoas diferentes, com problemas pessoais, com interesses diversos, com defeitos insuportáveis, com manias irreparáveis.

O grito é utilizado por aqueles que não querem desenvolver a outra habilidade, a da paciência, do olhar o outro com seus defeitos. Agressividade e impulsividade são fáceis de cultivar, mas o controle dos impulsos e a gentileza são os grandes diferenciais para o sucesso das relações. A gentileza desarma. A voz baixa se faz ouvir com muito mais facilidade.

Como ninguém nasce pronto, essa impulsividade pode ser controlada com meditação, relaxamento, yoga, exercitar pensar antes de falar. E se a pessoa não conseguir fazer isso sozinha, deve buscar ajuda de um profissional.

Ganhar no grito é coisa do passado! Busquemos formas mais inteligentes de ganhar nossas batalhas pessoais. Eu to tentando a minha, embora ainda escorregue, às vezes. Bom domingo!

sábado, 23 de outubro de 2010

Roma é eterna
Assistir Comer, Rezar e Amar me deu uma saudade imensa da Itália. Lembrei da época que passei três meses lá, estudando italiano e me acabando de comer massas e beber vinho. Como Liz, eu também engordei horrores nesse período. É que o lugar é tão  bom, tudo dá tanto prazer, que a última coisa que a gente pensa é viver com restrição. Desde a primeira ida, em 1997, nunca mais parei. A média é a cada três anos. A última foi em 2008. Não sei se conseguirei manter a frequência. Passarei por um período de inve$timento em outros setores da minha vida e terei que abrir mão dessas aventuras internacionais constantes e da intensa vida cultural. Escolhas, sempre elas. Pelo menos terei mais tempo para escrever no blog e ele terá menos essa cara de caderno de entrenimento que vem no jornal de domingo. Beijos e bom fim de semana.

domingo, 17 de outubro de 2010

Eu disse que a cota de shows do mês estava esgotada, mas me rendi e fui de acompanhante ao show do Winger, no Hard Rock Café. O show estava anunciado para começar às 17h, mas de fato só começou às 19h (ok, para aproveitar o atraso comprei dois sapatos no Città América). Na primeira música a energia caiu. Depois de uns minutos o show recomeçou. Para quem não conhece ou não lembra, o Winger foi uma banda de hard rock que  estourou nos anos 80 e teve um hit utilizado em uma das propagandas da Hollywood. Depois de uma hora e meia de show, eu já estava desacreditada, quando eles voltaram para o bis e tocaram Miles Way (os cabelos dos caras são imperdíveis!),  a única música da banda que eu conheço. De quebra encerraram com Helter Skelter, dos Beatles, mas já gravada por muita gente (eu gosto da versão do U2). Eu era uma das poucas pessoas de cabelos curtos e acho que a única de camisa branca. 
Eu fugi do show do Rush e fui ao teatro. A peça escolhida foi  "Mais respeito que sou tua mãe". A história escrita pelo argentino Hernán Casciari, em um blog premiado, foi adaptada para uma versão brasileira por Miguel Falabella. Com Claudia Jimenez no papel principal, é humor escrachado durante 1 hora e meia. Claudia faz o papel de Esmeralda da Silva, dona de casa esforçada, brigando com a crise econômica. Aos 50 anos, anda preocupada com o desemprego do marido, com o sogro, que planta maconha em casa e com os três filhos adolescentes às voltas com a puberdade. Além disso, ainda tem de lidar com os afrontamentos típicos da menopausa e os desastres domésticos que tantas vezes surgem entre quatro paredes. Mais Respeito Que Sou Tua Mãe está no Teatro Leblon, de quinta a  domingo, preços de R$ 70 a R$ 80. Se puder escolher, não conte com taxi na volta.  Eu evitei ir de carro, com receio dos inúmeros arrastões que andam em moda na cidade e pela falta de estacionamento no Teatro Leblon. A fila do taxi (que não é organizada) é imensa na saída do teatro. Se chover, a situação fica mais crítica. 


domingo, 10 de outubro de 2010

Bon Jovi em São Paulo (06/10)
Já estava tudo comprado (ingressos, bilhetes aéreos e hotel reservado) para o show do Bon Jovi em São Paulo, quando foi anunciado que a banda também faria show no Rio. Como o show carioca seria no mesmo dia do Dave Matthews (que também já estava comprado), resolvemos que a melhor opção era ir ao show em Sampa. E todo esforço foi recompensado. Nem mesmo o cansaço de madrugar no aeroporto na quinta, após poucas horas de sono, gerou qualquer arrependimento pela ida. O show durou 3 horas e foi maravilhoso! O alto astral com o Morumbi cheio, o público que reagia freneticamente a performance de Jon, que apesar de estar chegando aos 50tinha de idade, continua mandando muito bem no palco e fazendo com que as moçoilas gritem desesperadamente a cada gracinha do bonitão. Foram 27 músicas, algumas do álbum novo (The Circle) e muitas do repertório antigo que levaram o público a um luxo radioso de sensações. Já o show do Rio, eu li que foi mais curto, mais frio e mais vazio. Não é a primeira vez que um show em terras cariocas é inferior em relação ao da mesma banda em São Paulo ou em Buenos Aires. O único ponto que poderia ser melhorado é a escolha da banda de abertura. O show do Fresno foi um lixo. O público não deixou por menos e virou de costas, vaiou, entre outras reações obscenas que não posso contar neste blog família. 
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Dave Matthews  Band (08/10)
Eu não curto muito o estilo, mas fui acompanhando o marido que ama a banda. Sem dúvidas o show foi impecável. A humildade de Dave que subiu ao palco para anunciar quem faria a abertura, foi louvável. A abertura foi feita pelo excelente Teatro Mágico. O público curtiu demais desde o primeiro momento. Só lamento que a banda de abertura tenha começado tarde, o que atrasou muito o início da banda principal. Depois de uma hora de Teatro Mágico e duas horas de Dave Matthews, eu já estava exausta (to velha!). Fui embora antes do final do show, que durou três horas. Definitivamente, não é qualquer show de três horas que me mantém acordada! Minha cota de shows do mês está encerrada. O do Rush, que será hoje, eu declinei. Vou trocar o rock pesado por um teatro, bem mais adequado para minha idade avançada. Beijos e boa semana!

domingo, 3 de outubro de 2010


Os males da vida moderna que atacam boa parte dos habitantes das grandes metrópoles servem de alicerce da comédia Igual a Você, no Teatro do Leblon, sala Fernanda Montenegro. No elenco, Camila Morgado, Bia Nunnes e Anderson Muller se revezam em esquetes onde interpretam personagens que sofrem com as loucuras presentes no dia-a-dia da sociedade moderna, como obsessão, paranóia, hipocondria, egocentrismo, TOC, TPM, pânico, ansiedade e ninfomania. A Camila Morgado está imperdível! O ensaio aberto (com ingressos mais baratos) vai até hoje. Estreia na quinta-feira.