segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Diversão é solução sim, diversão é solução pra mim

Meu final de semana foi musical. Contarei de trás para frente. Ontem à noite rolou o Encontro Regional de Corais da Petrobras, no Centro de Convenções de Vitória. 11 corais se apresentaram e no final eles cantaram todos juntos ( 450 pessoas!) acompanhados por uma orquestra filarmônica. Lindo!!! O ponto alto da apresentação foi Carmina Burana. E o mais engraçado foi o coral de uma refinaria cantando Rock da Cachorra. Nos intervalos, entre a saída de um coral e entrada de outro, o coral de garrafas se apresentou. Gente, coisa mais fofa, aquelas crianças tocando em garrafas pet. Mérito também do regente talentoso. Eu não esperava gostar tanto. Fui surpreendida. No final teve um coquetel 0800, onde tomei várias taças de vinho tinto. Acordar hoje não foi nada fácil.

Sábado fui presenteada com um super encontro musical: Titãs e Paralamas tocando juntos no Álvares, com o show "25 anos de Rock". Aliás, foi a terceira vez que eles tocaram juntos. Música de boa qualidade me emociona. O solo dos bateristas foi um luxo radioso de sensações. João Barone e Charles Gavin estão de parabéns. Coreografia perfeita. Durante o show me veio a seguinte dúvida: alguém já viu o Branco Mello sem óculos? Bem, mas tirando essa dúvida cruel, ainda aproveitei o final do show dos Escaranovos no Jazz Café.

O ponto comum entre o programa musical de sábado e o de domingo foi que eu ouvi Epitáfio nos dois shows. Isso deve querer me dizer alguma coisa ...

Bem, na sexta o final de semana começou com uma jogatina de master e 5 garrafas de vinho. Só consegui ter noção (no dia seguinte) da quantidade consumida pelo grupo porque eu vou guardando as rolhas. Agradecimentos especiais ao dono da casa, Claudinho, que alimentou meu vício de coxinhas de camarão com catupiry. Meu endocrino agradece ;-)))

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Há duas semanas meus pais viajaram e estou com os domingos livres, sem os compromissos familiares habituais. Enquanto eles se divertem percorrendo os Santuários Marianos pela Europa afora, eu vou preenchendo meu domingo fazendo coisas que eu curto. Aproveitei o último domingo para ir ao teatro. Em passagem relâmpago pelo estado, Rafinha Bastos e A ARTE DO INSULTO. Um solo de stand-up comedy que me fez chorar de tanto rir. O sujeito é talentoso e vale muito a pena. O centro de convenções de Vila Velha lotou! Como não arrumei companhia, vesti a coragem de mulher independente e fui sozinha. Amo meus amigos (as), nossas afinidades passam por valores parecidos, companhia para as horas difíceis e também para conversas bem humoradas durante um carteado, pela cumplicidade de quem convive comigo desde os tempos da faculdade.... mas, no meu grupo, poucos compartilham meu gosto musical (rock e blues), a paixão por viagens (incluindo neste caso, além da paixão, disponibilidade de tempo e $), o prazer de jogar tênis e frescobol e meu vício pelo teatro. Por conta disso, já ouvi algumas vezes de amigos que eu "não gosto de quase nada, que tinha que ser mais flexível, eclética". Não é isso. Eu gosto de muitas coisas, só que diferentes do gosto das pessoas que eu convivo. E, hoje, não saio mais de casa pra fazer um programa que não vai me dar prazer. Vocês podem estar pensando que, neste caso, ter namorado/ marido/ ficante poderia ser a solução. Depende. Só é solução se o cara for parceiro e/ou gostar de coisas parecidas. Já fiquei sabendo de um casal que enquanto o mocinho queria ir pra Milho Verde (jogue no google pra saber onde fica) fazer trilha, a mocinha pensava em fazer compras em Nova York (piada interna). Então, temos que comemorar cada vez que encontrarmos "nossos pares" por esse mundo afora. Pessoas que se entendem no olhar e possuem paixão por coisas parecidas. Por falar em coisas que eu gosto, Titãs e Paralamas no próximo sábado! E carteado na sexta, adoro! Boa semana!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A primeira mordida do leão a gente nunca esquece

Há uns dias, ao voltar do trabalho, cheguei em casa e encontrei uma carta de intimação da receita federal. Acho que eles perceberam que eu "desaprendi a fazer conta" e me chamaram pra prestar esclarecimento sobre a declaração de IR de dois anos atrás. No dia seguinte escrevi uma carta fazendo um "mea culpa" pelo erro da declaração e fui com a esperança que aquela situação constrangedora fosse resolvida de forma mais rápida possível. Ilusão. Na minha frente tinham 35 sonegadores que esperavam na fila. Depois de quase duas horas na espera, com a hora de almoço totalmente extrapolada, me peguei pensando se era melhor ser acusada por abandono de emprego (por não ter voltado até aquela hora pro trabalho), ou então ir embora, ser presa e ter o nome inscrito na dívida ativa da União. O fato é que eu não me convenço de que tenho que pagar tanto imposto de renda. E, ainda por cima, depois do imposto pago, ainda ter que desembolsar plano de saúde, previdência complementar, ter gastos com segurança, etc. Estou no meu papel de fingir que não sei fazer conta e a Receita está no papel de me ensinar, triplicando o valor do imposto devido e jogando multa e juros diários sobre o valor. Cada um usa a metodologia que tem. E, sem dúvida, eu preciso aperfeiçoar a minha.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Diário de Viagem - a ida
Embarcamos às 5h da manhã num vôo com conexões em SP e no Paraguai. No Paraguai os árbitros que apitariam Brasil x Chile vieram no nosso vôo. Chegamos no início da tarde em Santiago, o que prova que é mais rápido ir parar no Chile do que em Fortaleza. A novidade é que desta vez eu exercitei o desprendimento e viajei só com uma mochila nas costas.

Viña del Mar e Valparaíso
Aproveitando as dicas de um colega de trabalho que havia ido há poucos dias para o Chile, contratamos uma van na rodoviária de Viña e fomos fazer o tradicional tour de "turista mané" que eu adoro: praias, mirantes, o Relógio das Flores que foi construído especialmente para dar as boas vindas à Copa do Mundo de Futebol de 1962, Casa de praia de Pablo Neruda, passeio no Parque Quinta Vergara com jardins bonitos, onde as árvores são identificadas por placas que informam a origem e o sossego é garantido. Almoçamos na Praia de Reñaca, ao norte de Viña del Mar. Reñaca ainda não está contaminada pela poluição e tem uma peculiaridade: toda sua orla é ocupada por prédios construídos em forma de degraus, que acompanham o desnível do morro onde estão situados. É como uma grande fila de escadas, que abrigam apartamentos. Muito lindo! Valparaíso é cidade portuária. Andamos de funicular, uma espécie de elevador da era paleolítica que permite ver a baía de Valparaíso em toda sua amplitude. Sem contar no camelódromo que faz a alegria dos turistas ávidos por aumentar a coleção de imãs de geladeira.

Mercado Central
O Mercado Central não é diferente dos mercados de outras cidades. Cheio de turistas (os brasileiros invadem!), muitos restaurantes, barraquinhas de frutas secas e castanhas caramelizadas (adoro!) e o tradicional king crab (aquele caranguejo enorme e caro que, apesar de típico, nem é encontrado com facilidade nos cardápios dos restaurantes). Aliás o que vale comer no Chile é o que vem do mar, do oceano Pacífico especificamente. Os peixes são saborosos e o salmão lá é um peixinho comum e, portanto, barato. A carne, bem, eles ainda não aprenderam a fazer e precisam pegar umas aulinhas com os hermanos argentinos. Falar que os vinhos são ótimos é desnecessário. Os preços são baixos e um jantarzinho de salmão com um bom vinho sai uma pechincha. Por falar em jantar, em um pub chileno conhecemos um garçon argentino que já tinha morado em Búzios e estava adorando poder falar português novamente. Viva a globalização.

Cerro San Cristobal
O Cerro San Cristobal é um passeio muito legal. Pode-se subir de vários jeitos: carro, bicicleta, funicular ( o tal elevador antigo) e de teleférico. No tempo de colônia ganhou nome de San Cristobal, o santo dos viajantes. Em 1908 na parte mais alta foi instalada uma imagem da Virgem Imaculada Conceição, feita em ferro fundido na França. A imagem tem 14 metros de altura e pesa 36 toneladas, é uma espécie de Cristo Redentor de Santiago. De noite fica iluminada, lindo de ver. No cerro está o Parque Metropolitano, o pulmão de Santiago. Existem áreas de pic-nic, restaurantes, mirantes, zoológico, pracinhas e piscinas (que só são limpas no verão). O sistema de teleférico, com cabines para 4 pessoas, que lembram muito o formato do kinder ovo, permite uma panorâmica de Santiago e da Cordilheira dos Andes. Melhor ainda se o dia estiver lindo, com sol e sem vento. Como nem tudo é perfeito, a vista de Santiago fica meio embaçada. A princípio, o turista acha que é uma neblina. Não, é poluição mesmo. Santiago é a terceira cidade mais poluída da América Latina. Acredite.

Brasil 3 x 0 Chile no Estádio Nacional
Ninguém acreditava que nós conseguiríamos entrar. Os ingressos já estavam esgotados antes da nossa ida para o Chile. Os preços dos cambistas dois dias antes do jogo eram astronômicos, mas como a gente não desiste fácil, fomos para a porta do estádio tentar comprar antes do jogo. A compra até foi fácil. Chegamos meia hora antes do jogo começar e logo fomos abordadas por um cambista que nos ofereceu o ingresso a 30 mil pesos (+/- 100 reais). A dificuldade foi para entrar na torcida brasileira que já estava lotada. Brasucas gritavam do lado de fora, armando o maior barraco. Eu e Lelê olhamos para o lado e vimos que ainda tinha possibilidade de entrar pelo lado da torcida chilena. Depois que a gente passou o portão fechou. Nem acreditamos. Primeira etapa vencida. O próximo passo era tentar mudar de torcida. E não foi difícil mostrar para o segurança que duas brasileiras na torcida chilena (considerando que Lelê estava com camisa do Brasil e bandeira do Fluminense enrolada no corpo) daria m*. Finalmente entramos na torcida brasileira, uma faixa mínima reservada no estádio. Mas a alegria de estar la dentro era tanta, que todo o aperto compensou. Após o final do jogo, os seguranças seguraram a torcida brasileira por mais de uma hora, para que todo o resto do estádio fosse esvaziado. Quando saímos não tinha mais taxi, e andamos uns 5km para achar um chileno que não estivesse magoado e aceitasse levar duas brasileiras para "casa" hehehe. A vantagem que Santiago é uma cidade segura e, além disso, tivemos a companhia de uns brasucas gaúchos que nos acompanharam na caminhada em busca do taxi perdido.

Estação de Valle Nevado
Bem que eu tentei ficar de pé no esqui. Paguei duas horas de aula e continuo não conseguindo me levantar sozinha. Acho que preciso de uma espécie de pacote, tipo auto escola, com 10 aulas mínimas pra conseguir me mover de forma correta. Mas, tirando os tombos que necessariamente fazem parte de qualquer cristão que resolva aprender a esquiar, o lugar é bonito e frio ( - 4 graus). Vale a pena porque fica muito perto de Santiago, são só 60 curvas até chegar lá. Considerando que nós fomos esquiar um dia depois do jogo do Brasil x Chile e que o instrutor ameaçou jogar os brasileiros do barranco, voltar viva (mesmo sem ter aprendido a esquiar) já foi lucro.

A volta
Voltamos na classe executiva de um boing 777 da Tam, que comporta 365 passageiros. Ter uma cadeira que deita de verdade, com o espaço gigante entre uma cadeira e outra (ainda mais considerando meu tamanho reduzido), receber brindes fofos, escolher a revista que quer ler, qual vinho tomar e o quer comer, etc...prova que existe um mundo melhor, mas é caríssimo. A alegria durou só 5 horas. O vôo de SP para Vix foi novamente no sistema "sardinha enlatada". Cheguei acabada com a saga de aeroporto (a volta foi muito mais demorada que a ida), mas feliz e querendo mais. E que venha a próxima. As fotos estão no lugar de sempre: clique aqui.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Estou de volta, depois de uma viagem m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a! Muitas coisas legais aconteceram nos últimos 5 dias. A gente sabe que a viagem foi boa quando tem vontade de voltar pra fazer mais coisas. Muitas emoções registradas em fotos: Viña del Mar, Valparaíso, Estação de Valle Nevado, Cerro San Cristobal, jogo Brasil x Chile no estádio Nacional, muitos vinhos bons, alfajores em cada esquina, povo educado, sem contar a volta na classe executiva do Boing 777 da Tam, o que prova que existe um mundo melhor ... mas é caríssimo. Enfim, adorei! Esta semana disponibilizarei as fotos e comentários sobre cada etapa desse luxo radioso de sensações. Beijos e boa semana.