quarta-feira, 26 de março de 2008

Maratona hospitalar
Parecia um dia de trabalho normal, minha agitação peculiar pra não perder prazos dos contratos, buscando alguém que me ajudasse na redação de um aditivo... Uma amiga me puxou pelo braço e me levou pra uma sala de reunião. Aflita ela disse que tinha uma boa e uma má notícia para me dar. A boa era que estava grávida, a má era que tinha voltado do banheiro e estava sangrando. Enquanto eu pegava a chave do carro pra levá-la a alguma clínica, liguei pra minha amiga médica, dona Lelê. Enquanto conversávamos descobri que ela estava dentro de uma ambulância do SAMU, indo socorrer alguém que tinha tentando suicídio com um tiro na boca. O dia estava apenas começando. Bem, voltando pro caso da grávida, no primeiro hospital o pronto socorro mostrava que a nossa urgência seria atendida depois de umas 4 horas. Estava lotado! Na segunda clínica conseguimos fazer uma consulta e descolar uma requisição de exame pra um ultrasom. Uma boa alma da segunda clínica conseguiu um encaixe para realizar o exame num terceiro lugar e lá fomos nós. Na terceira clínica a boa surpresa: um coraçãozinho de apenas 7 semanas batia forte, quase gritando - "estou vivo". Lindo, lindo, lindo. Susto resolvido, 3 horas depois do início de tudo, deixei a grávida de molho em casa e voltei pro trabalho. Daí em diante a tarde foi leve. Nada tinha tanta importância assim. Aproveitei que a chuvinha de fim de tarde já tinha sabotado minha aula de tênis e fui com uma amiga tomar um café e ver a vida passar.

2 comentários:

Lele Rizzo disse...

Ok, sendo assim, vou contar no solteiras felizes a minha versão da historia...
Que bom que tudo correu bem

Anônimo disse...

Oba, conte mesmo. Adoro suas histórias de resgate.