Os descompassos do amor
Após muitos posts de viagem, vou resgatar um assunto sobre o qual eu adoro escrever: o amor. Escrever sobre o amor não é fácil, vivê-lo é ainda mais desafiador. Tenho observado e pensado muito sobre o desenrolar de uma relação afetiva. Vivendo algumas histórias e observando histórias alheias, deixei de acreditar há tempos no amor romântico, aquele que não gera dúvidas, aquele que enlouquece quando vê o outro, que dá aquele frio na barriga constante.
Relacionamentos cheios de paixão podem não ser os que fazem as pessoas mais felizes. A minha constatação é de que quando há afinidade, prazer em estar junto e planos de vida parecidos, isso pesará muito mais na manutenção de um relacionamento do que a paixão do início. Acredito no compartilhar, no poder contar com o outro, no ter prazer em sair pra jantar e viajar juntos, no conversar muito, rir mais ainda. E não é impossível que eu comece um relacionamento sem estar apaixonada, considerando que o outro tenha características que eu admire e aposte na parceria. O envolvimento pode vir com o tempo (sei que isso é pessoal e intransferível, além de polêmico). Essa maneira de pensar já me fez feliz por muito tempo.
Mas, pra que isso dê certo e perdure, é necessário que o parceiro também esteja na fase “quero um parceiro pra vida” e não naquela ainda de que “quero um amor sem dúvidas”. Acho que as dúvidas são inerentes ao amor. Quem deseja estar apaixonado constantemente talvez ainda não tenha amadurecido, porque o relacionamento é feito de fases. Às vezes estamos mais apaixonados, às vezes mais amigos, às vezes mais parceiros, enfim, aposto muito mais na construção diária da relação.
Sei que as pessoas nem sempre se encontram em momentos parecidos. Mesmo dentro de uma relação saudável, onde exista prazer em estar junto, se não houver um plano de vida em comum, o futuro fica comprometido. Uma pena. Investir no outro sai caro (emocionalmente falando), há envolvimento familiar, há entrega, compartilhamento de sonhos. Isso tudo vai por água abaixo na falta de um projeto conjunto futuro. Após os 30 anos de idade (acredito que essa postura deveria existir já aos 25), não dá pra namorar por namorar, como se tivéssemos 17 anos. Não estou falando em casamento não. Futuro de relacionamento é se ver do lado do outro, independente das mudanças profissionais, mudanças de cidade, etc.
Após muitos posts de viagem, vou resgatar um assunto sobre o qual eu adoro escrever: o amor. Escrever sobre o amor não é fácil, vivê-lo é ainda mais desafiador. Tenho observado e pensado muito sobre o desenrolar de uma relação afetiva. Vivendo algumas histórias e observando histórias alheias, deixei de acreditar há tempos no amor romântico, aquele que não gera dúvidas, aquele que enlouquece quando vê o outro, que dá aquele frio na barriga constante.
Relacionamentos cheios de paixão podem não ser os que fazem as pessoas mais felizes. A minha constatação é de que quando há afinidade, prazer em estar junto e planos de vida parecidos, isso pesará muito mais na manutenção de um relacionamento do que a paixão do início. Acredito no compartilhar, no poder contar com o outro, no ter prazer em sair pra jantar e viajar juntos, no conversar muito, rir mais ainda. E não é impossível que eu comece um relacionamento sem estar apaixonada, considerando que o outro tenha características que eu admire e aposte na parceria. O envolvimento pode vir com o tempo (sei que isso é pessoal e intransferível, além de polêmico). Essa maneira de pensar já me fez feliz por muito tempo.
Mas, pra que isso dê certo e perdure, é necessário que o parceiro também esteja na fase “quero um parceiro pra vida” e não naquela ainda de que “quero um amor sem dúvidas”. Acho que as dúvidas são inerentes ao amor. Quem deseja estar apaixonado constantemente talvez ainda não tenha amadurecido, porque o relacionamento é feito de fases. Às vezes estamos mais apaixonados, às vezes mais amigos, às vezes mais parceiros, enfim, aposto muito mais na construção diária da relação.
Sei que as pessoas nem sempre se encontram em momentos parecidos. Mesmo dentro de uma relação saudável, onde exista prazer em estar junto, se não houver um plano de vida em comum, o futuro fica comprometido. Uma pena. Investir no outro sai caro (emocionalmente falando), há envolvimento familiar, há entrega, compartilhamento de sonhos. Isso tudo vai por água abaixo na falta de um projeto conjunto futuro. Após os 30 anos de idade (acredito que essa postura deveria existir já aos 25), não dá pra namorar por namorar, como se tivéssemos 17 anos. Não estou falando em casamento não. Futuro de relacionamento é se ver do lado do outro, independente das mudanças profissionais, mudanças de cidade, etc.
É fato que as mulheres, embora mais complexas emocionalmente que os homens, sabem mais facilmente o que “querem ser quando crescer”, onde querem estar, o que desejam para suas vidas. A versão masculina já demora muito mais tempo pra fazer um upgrade na alma e instalar o software “assumir compromissos futuros”. Incrível como isso ainda gera stress nos “machos independentes e donos da própria vida”. As decisões até acontecem, às vezes, tardiamente. Na tentativa de retomar o elo perdido, o outro pode estar em outra relação, ou simplesmente não estar mais disposto a passar uma borracha no passado e começar do zero.
7 comentários:
Bem...Tenho que concordar basicamente com tudo que você colocou.Só discordo do momento exato que o plano de vida em conjunto aparece. Acho que para um relacionamento afetivo homem/mulher é fundamental que haja, no mínimo, um desejo intenso já no início do relacionamento. O plano de vida em conjunto, gostos em comum, companherismo, amizade, carinho..tudo isso aparece depois ou não....São fatores tão importante quanto o desejo, amor...mas não são prepoderantes ao ponto de manter um relacionamento somente por eles existirem.Já o amor...bem...esse é mandatório e único...estou falando do amor que também inclua o bem estar, seus desejos e suas necessidades e não dá paixão cega que muitas vezes nos faz embarcar em canoas furadas...
E se não houver amor...tudo fica meio sem graça, sem tempero...
Bem..estou escrevendo....exatamente...por te amar..então para mim...sem amor..nem no seu blog entraria...
Prezado cometa (Halley?), agradeço a declaração de amor no final do post. Bem vindo e volte sempre.
MR, Adorei seu texto. Realmente se relacionar com o outro é complicado. DIferenças são diferenças. Mas, ainda, acredito no amor romântico, como vc diz.
Beijos, Tia Bibi
P.s. Acho q agora vai hehe
Você é uma eterna romântica, MS!
Eu também quero uma declaraçao de amor no meu blog, e eu também nao acredito mais no amor romantico.
Pronto, falei
ô mina..tem isso tudo e tem o arthur da távola, como tem também uma infinidade de cafés, com e sem ar condicionado...tem grande tem pequeno, loiras e morenos...as vezes temperos zodiacais ocorrem, as vezes não...tem amor sem plano algum entre pessoas de 25, de 30...mas com as de 50 também acontece. Pelo que me lembro, da heloíza, do pré-primário, com 6 anos também é possível se apaixonar.
É de bom tom dizer em blogs: "NA MINHA OPINIÃO".....
então, na minha, até aqui, tô achando que vc amarrou demais as opções de felicidade, criou uns certos murinhos do: é assim e pronto...mas tá certa em tudo que sabe que é PORQUE SABE E PRONTO...essa sabedoria de cada um, ninguém pode contestar,e eu respeito e admiro...mas torcemos sempre pra que no fim acabe sendo um mix do que disse vc, recheado do Tia Bibi style :)
be cool twinsis
Ô mano, vc é um super parceiro que me ouve e fala a mesma língua que eu (coisa de escorpianos com ascendente em capricórnio). Vc foi um achado! Tipo de amigo que a gente não acha facilmente. Compartilhar meus sonhos e dificuldades com vc me ajuda a pegar minha racionalidade, rasgar e jogá-la no lixo por umas horas.Quando eu crescer, eu quero ser assim. Ah, e prefiro café grande, com ar condicionado, copinho de água e chocolate pra misturar ;-) O texto do Arthur da Távola foi uma reflexão pós almoço fantástica. Obrigada d+!
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