Por Martha Medeiros, autora do livro que inspirou o filme "O Divã"
Tenho viajado bastante para acompanhar algumas pré-estréias do filme O Divã. Delícia de tarefa. Esse filme realmente ficou enxuto, delicado e emocionante! Além disso, ainda consegue me provocar. A personagem Mercedes (Lilia Cabral) está fazendo análise, e leva para o consultório muitos questionamentos sobre sua vida. Até que, passado um tempo, finalmente RELAXA, e se dá conta de que não há outra saída a não ser conviver com suas IRREALIZAÇÕES. Diante disso, o analista sugere alta, no que ela rebate: "Alta?! Logo agora que estou me divertindo?!".Um dos sintomas do amadurecimento é justamente o resgate de nossa jovialidade, só que não da jovialidade do corpo, que isso só se consegue até certo ponto. Mas a jovialidade do espírito, tão mais prioritária!
Você é adulto mesmo? Então, pare de reclamar, pare de buscar o impossível, pare de exigir perfeição de si mesmo, pare de encontrar lógica para tudo, pare de contabilizar prós e contras, pare de julgar os outros, pare de tentar manter sua vida sob rígido controle! Simplesmente divirta-se! Não que seja fácil. Enquanto que um corpo sarado se obtém com exercício e dieta, a leveza de espírito requer justamente o contrário: liberação das correntes! Aventura do não domínio! Permitir-se o erro! Não se sacrificar em demasia! Já que estamos todos caminhando rumo a um mesmo destino, que não é nada espetacular, é preciso perceber a hora de tirar o pé do acelerador! Afinal, quem quer cruzar a linha de chegada?! Mil vezes CURTIR A TRAVESSIA!
Dores, cada um tem as suas. Mas o que nos faz cultivá-las por décadas?! Creio que nos apegamos com desespero às dores, por não ter o que colocar no lugar, caso a dor se vá! E então se fica ruminando, alimentando a própria má sorte, num processo de vitimização, que chega ao nível do absurdo! Por que fazemos isso conosco? Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência.
Você é adulto mesmo? Então, pare de reclamar, pare de buscar o impossível, pare de exigir perfeição de si mesmo, pare de encontrar lógica para tudo, pare de contabilizar prós e contras, pare de julgar os outros, pare de tentar manter sua vida sob rígido controle! Simplesmente divirta-se! Não que seja fácil. Enquanto que um corpo sarado se obtém com exercício e dieta, a leveza de espírito requer justamente o contrário: liberação das correntes! Aventura do não domínio! Permitir-se o erro! Não se sacrificar em demasia! Já que estamos todos caminhando rumo a um mesmo destino, que não é nada espetacular, é preciso perceber a hora de tirar o pé do acelerador! Afinal, quem quer cruzar a linha de chegada?! Mil vezes CURTIR A TRAVESSIA!
Dores, cada um tem as suas. Mas o que nos faz cultivá-las por décadas?! Creio que nos apegamos com desespero às dores, por não ter o que colocar no lugar, caso a dor se vá! E então se fica ruminando, alimentando a própria má sorte, num processo de vitimização, que chega ao nível do absurdo! Por que fazemos isso conosco? Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência.
Um comentário:
é real...leva um tempo pra se dar conta disso...mas todo mundo sobrevive :))
bj twtw
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